sábado, 23 de janeiro de 2010

Vida animal virtual

É impressionante o número de sites que defendem os animais na web. Isso me chamou a atenção a partir de uma campanha que correu o Orkut afora, e que já era uma reação a uma notícia publicada no jornal Zero Hora de Porto Alegre (RS), sobre o assassinato bárbaro de uma cadelinha na cidade. E como diz a Cora Ronái em seu blog, "deixou os leitores gaúchos em estado de choque. Do jornal ela saltou para blogs, grupos de discussão e caixas postais". Eu mesma tomei conhecimento desta campanha através do Orkut. A descrição da comunidade criada com o nome Prendam os assassinos da Preta, relata o que aconteceu com a cadelinha:
"Preta era um cadela de rua que foi amarrada por jovens no pára-choque de um veículo e arrastada por mais de cinco quadras. Pedaços do animal e dos filhotes que nasceriam em um mês ficaram espalhados pelo asfalto.
Essa crueldade ocorreu em Pelotas-RS, em 09 de março de 2005.
Embora Preta tenha sido morta na madrugada de 9 de março, uma quarta-feira, a ocorrência foi registrada somente na madrugada do dia 06/04. Desde aquela noite, as pessoas que costumavam ajudar a cadela e freqüentar o bar onde ela foi amarrada ao pára-choque de um automóvel Ka estavam reunindo provas para fazer a queixa.
A polícia está ouvindo testemunhas, mas já tem três suspeitos. O Ministério Público aguarda a conclusão do inquérito para definir quais providências pode tomar em relação ao caso."
A comunidade ainda está online no Orkut e tem hoje (15/04/2005) 2.939 participantes (comigo). Ainda me espanto o quanto o ser humano pode ser cruel com seres que apenas estão buscando sua sobrevivência. Se eles nos atacam é porque invadimos seu espaço, nunca é a toa. Geralmente é o nosso medo que faz com que os ataquemos primeiro.
Mas, do mesmo modo que existem pessoas que não têm a mínima sensibilidade com o destino de nossos companheiros de planeta, existe aqueles que fazem o possível para ajudá-los. E não falo só de Ongs famosas como o Greenpeace ou a WWF. Descobri que existe uma Tribuna Animal, um site sobre Direito Animal, SOS Gatinhos, Casa do Cão & Gato e muitas outras que ajudam a reparar o dano que o homem, em seu antropocentrismo, causa aos outros seres viventes.
Um amigo meu disse uma vez que não sabia porque se gastava milhões para se salvar uma baleia encalhada numa praia ao invés de se investir em crianças que morrem de fome. Bem, na minha opinião, crianças que morrem de fome e baleias encalhadas fazem parte de um mesmo problema. Ou seja, a forma como os humanos procuram "dominar" a natureza, incluindo-se aí os seus semelhantes. E a questão passa por aí. O homem não se vê mais como parte da natureza. E como nós, homens e mulheres, temos coragem ainda de falar no problema do meio ambiente se não nos colocamos dentro dele?
Endosso completamente o que a Cora Ronái disse a respeito dos juízes e legisladores: "Legisladores que entendem que a vida de um animal vale tão pouco não percebem que, na maioria dos processos, o que está em julgamento não é a vítima, e sim o criminoso. Alguém capaz de matar um ser indefeso desta forma horripilante é capaz de tudo; é alguém inteiramente destituído de sentimentos, que já perdeu toda e qualquer empatia com o sofrimento dos outros".

2 comentários:

sábado, 23 de janeiro de 2010

Vida animal virtual

É impressionante o número de sites que defendem os animais na web. Isso me chamou a atenção a partir de uma campanha que correu o Orkut afora, e que já era uma reação a uma notícia publicada no jornal Zero Hora de Porto Alegre (RS), sobre o assassinato bárbaro de uma cadelinha na cidade. E como diz a Cora Ronái em seu blog, "deixou os leitores gaúchos em estado de choque. Do jornal ela saltou para blogs, grupos de discussão e caixas postais". Eu mesma tomei conhecimento desta campanha através do Orkut. A descrição da comunidade criada com o nome Prendam os assassinos da Preta, relata o que aconteceu com a cadelinha:
"Preta era um cadela de rua que foi amarrada por jovens no pára-choque de um veículo e arrastada por mais de cinco quadras. Pedaços do animal e dos filhotes que nasceriam em um mês ficaram espalhados pelo asfalto.
Essa crueldade ocorreu em Pelotas-RS, em 09 de março de 2005.
Embora Preta tenha sido morta na madrugada de 9 de março, uma quarta-feira, a ocorrência foi registrada somente na madrugada do dia 06/04. Desde aquela noite, as pessoas que costumavam ajudar a cadela e freqüentar o bar onde ela foi amarrada ao pára-choque de um automóvel Ka estavam reunindo provas para fazer a queixa.
A polícia está ouvindo testemunhas, mas já tem três suspeitos. O Ministério Público aguarda a conclusão do inquérito para definir quais providências pode tomar em relação ao caso."
A comunidade ainda está online no Orkut e tem hoje (15/04/2005) 2.939 participantes (comigo). Ainda me espanto o quanto o ser humano pode ser cruel com seres que apenas estão buscando sua sobrevivência. Se eles nos atacam é porque invadimos seu espaço, nunca é a toa. Geralmente é o nosso medo que faz com que os ataquemos primeiro.
Mas, do mesmo modo que existem pessoas que não têm a mínima sensibilidade com o destino de nossos companheiros de planeta, existe aqueles que fazem o possível para ajudá-los. E não falo só de Ongs famosas como o Greenpeace ou a WWF. Descobri que existe uma Tribuna Animal, um site sobre Direito Animal, SOS Gatinhos, Casa do Cão & Gato e muitas outras que ajudam a reparar o dano que o homem, em seu antropocentrismo, causa aos outros seres viventes.
Um amigo meu disse uma vez que não sabia porque se gastava milhões para se salvar uma baleia encalhada numa praia ao invés de se investir em crianças que morrem de fome. Bem, na minha opinião, crianças que morrem de fome e baleias encalhadas fazem parte de um mesmo problema. Ou seja, a forma como os humanos procuram "dominar" a natureza, incluindo-se aí os seus semelhantes. E a questão passa por aí. O homem não se vê mais como parte da natureza. E como nós, homens e mulheres, temos coragem ainda de falar no problema do meio ambiente se não nos colocamos dentro dele?
Endosso completamente o que a Cora Ronái disse a respeito dos juízes e legisladores: "Legisladores que entendem que a vida de um animal vale tão pouco não percebem que, na maioria dos processos, o que está em julgamento não é a vítima, e sim o criminoso. Alguém capaz de matar um ser indefeso desta forma horripilante é capaz de tudo; é alguém inteiramente destituído de sentimentos, que já perdeu toda e qualquer empatia com o sofrimento dos outros".

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