sábado, 23 de janeiro de 2010

Recomeço



Encontrei isto que eu havia escrito logo quando cheguei de volta aqui a Mossoró. Acho que vale a pena colocar no Blog. Escrevi há quase um ano.
27/04/2004

Recomeçar é uma das coisas mais difíceis da vida. Por a nova casa em ordem de modo que possamos continuar e a vida transcorra em uma normalidade aceitável é uma tarefa morosa, demanda tempo e paciência.


Essas são coisas em que quase nunca pensamos ou, pelo menos, a maioria das pessoas não, já que seus afazeres diários as ocupam tanto que não param pra pensar em suas próprias vidas. Isso até que o vendaval as pega. Sim, porque qualquer mudança é um vendaval. Não gostamos de mudar: mudar nossa forma de pensar, mudar de casa, mudar de cidade, mudar de namorado, marido, amigos (não mudar, mas fazer novos porque os antigos às vezes, infelizmente, vão se afastando), mudar os projetos de vida etc. Acho que existem duas coisas que doem - mudar e escrever.

Pois é, estou tentando deixar a minha vida um pouco mais estruturada. Mas nunca pensei na quantidade de coisas que acumulei durante esses quatro anos passados em João Pessoa e quantas "coisinhas" se tornaram necessárias à vida que gostaria de ter. São pequenos detalhes: um difusor de aromas, incenso, minha almofada de meditação...
Naturalmente não fiz tudo sozinha. Nessas horas, pelo menos um amigo a gente encontra. Sandra veio comigo ajudar nos dois primeiros dias. E a ajuda foi imensa. Se eu estivesse só, certamente teria desmoronado diante da tarefa gigantesca que é mudar (de casa). Ela me ajudou a estruturar o espaço... a cozinha, meu quarto, meu escritório... basicamente pusemos tudo o que pertencia aos devidos ambientes mais ou menos em seu lugar, para depois eu ir, aos poucos, deixando do meu jeito. Eu serei eternamente grata a ela por isso.
Nos mudamos sábado (24/04/2004 - a soma desses números é 7, que é o meu número na numerologia. Além disso, o 4 parece ser bastante simbólico nessa data, espero que me traga um pouco de felicidade). Segundo a numerologia o quatro é o meu número do impulso da alma e afirma que eu dou valor à ordem - coincidência algo que estamos falando aqui - e a regularidade no trabalho e em casa. Quer dizer também que quero ser prática, disciplinada, determinada e de confiança. Desejo a verdade, mesmo que não seja exatamente o que gostaria de ouvir. Significa também que não gosto de enganar e de ser enganada (existe alguém que goste?). Também não desejo a compaixão alheia, mas quero o reconhecimento pelos meus esforços.
O sete é o meu número de expressão. Significa que eu busco a verdade, as coisas do espírito e do "eu", coisas bastante importantes em minha vida. A numerologia diz que pessoas assim geralmente se transformam em estudiosos, filósofos ou pesquisadores [ainda estou tentando!]. Como são também solitárias, as pessoas tendem a achá-las distantes e estranhas [algum numerólogo mandou me seguir]. Diz também que vivem a vida de acordo com as verdades que vão descobrindo e não através de padrões preestabelecidos. Além disso, não são atraídas por badalações, modismos e coisas descartáveis [agora comecei a ficar paranóica!!!].
Bem, voltando à pobre Maria Sandra, que ficou totalmente esquecida com a história da numerologia, bem... ela não pode ficar muito. Foi embora logo na segunda-feira (26/04/2004), por causa do trabalho. Fiquei então com a "responsabilidade" de ir me organizando e tornando a vida aqui um pouco mais agradável.
Agora, mudando um pouco [ou bastante] de assunto, Mossoró mudou muito durante esse tempo que fiquei fora. Ficou com a aparência mais agradável, antes era mais árida - embora não se possa esperar outra coisa de uma cidade do semi-árido. Mas falo árida no sentido de que não existiam espaços urbanos agradáveis de se olhar e, talvez, permanecer por um certo tempo. Chego até a pensar que vai dar pra sossegar um pouco por aqui, isto é, se o ambiente de trabalho tiver melhorado junto com o ambiente urbano.
Porém, apesar de tudo, hoje tive ondas constantes de melancolia. Sei perfeitamente a que isso se deve - a mudança, ao fato de ficar novamente absolutamente sozinha e ter de cuidar de mim sem cooperação alheia. Isso gera insegurança.
Mas, aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos. A directv foi instalada [aqui só pega Tv se for com parabólica] e a instalação elétrica foi reparada. A casa até está ficando aconchegante. Encontrei meus cds de meditação, que estavam perdidos em meios as inúmeras caixas a serem desempacotadas. Eles me ajudam a relaxar e tocar o barco pra frente.
Ainda assim, tenho saudades de casa - mãe, cadelas, amigos etc. [não necessariamente nessa ordem, gente, varia dia-a-dia hahahahaha]. Que seria de mim sem eles.
Posted by Hello

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Recomeço



Encontrei isto que eu havia escrito logo quando cheguei de volta aqui a Mossoró. Acho que vale a pena colocar no Blog. Escrevi há quase um ano.
27/04/2004

Recomeçar é uma das coisas mais difíceis da vida. Por a nova casa em ordem de modo que possamos continuar e a vida transcorra em uma normalidade aceitável é uma tarefa morosa, demanda tempo e paciência.


Essas são coisas em que quase nunca pensamos ou, pelo menos, a maioria das pessoas não, já que seus afazeres diários as ocupam tanto que não param pra pensar em suas próprias vidas. Isso até que o vendaval as pega. Sim, porque qualquer mudança é um vendaval. Não gostamos de mudar: mudar nossa forma de pensar, mudar de casa, mudar de cidade, mudar de namorado, marido, amigos (não mudar, mas fazer novos porque os antigos às vezes, infelizmente, vão se afastando), mudar os projetos de vida etc. Acho que existem duas coisas que doem - mudar e escrever.

Pois é, estou tentando deixar a minha vida um pouco mais estruturada. Mas nunca pensei na quantidade de coisas que acumulei durante esses quatro anos passados em João Pessoa e quantas "coisinhas" se tornaram necessárias à vida que gostaria de ter. São pequenos detalhes: um difusor de aromas, incenso, minha almofada de meditação...
Naturalmente não fiz tudo sozinha. Nessas horas, pelo menos um amigo a gente encontra. Sandra veio comigo ajudar nos dois primeiros dias. E a ajuda foi imensa. Se eu estivesse só, certamente teria desmoronado diante da tarefa gigantesca que é mudar (de casa). Ela me ajudou a estruturar o espaço... a cozinha, meu quarto, meu escritório... basicamente pusemos tudo o que pertencia aos devidos ambientes mais ou menos em seu lugar, para depois eu ir, aos poucos, deixando do meu jeito. Eu serei eternamente grata a ela por isso.
Nos mudamos sábado (24/04/2004 - a soma desses números é 7, que é o meu número na numerologia. Além disso, o 4 parece ser bastante simbólico nessa data, espero que me traga um pouco de felicidade). Segundo a numerologia o quatro é o meu número do impulso da alma e afirma que eu dou valor à ordem - coincidência algo que estamos falando aqui - e a regularidade no trabalho e em casa. Quer dizer também que quero ser prática, disciplinada, determinada e de confiança. Desejo a verdade, mesmo que não seja exatamente o que gostaria de ouvir. Significa também que não gosto de enganar e de ser enganada (existe alguém que goste?). Também não desejo a compaixão alheia, mas quero o reconhecimento pelos meus esforços.
O sete é o meu número de expressão. Significa que eu busco a verdade, as coisas do espírito e do "eu", coisas bastante importantes em minha vida. A numerologia diz que pessoas assim geralmente se transformam em estudiosos, filósofos ou pesquisadores [ainda estou tentando!]. Como são também solitárias, as pessoas tendem a achá-las distantes e estranhas [algum numerólogo mandou me seguir]. Diz também que vivem a vida de acordo com as verdades que vão descobrindo e não através de padrões preestabelecidos. Além disso, não são atraídas por badalações, modismos e coisas descartáveis [agora comecei a ficar paranóica!!!].
Bem, voltando à pobre Maria Sandra, que ficou totalmente esquecida com a história da numerologia, bem... ela não pode ficar muito. Foi embora logo na segunda-feira (26/04/2004), por causa do trabalho. Fiquei então com a "responsabilidade" de ir me organizando e tornando a vida aqui um pouco mais agradável.
Agora, mudando um pouco [ou bastante] de assunto, Mossoró mudou muito durante esse tempo que fiquei fora. Ficou com a aparência mais agradável, antes era mais árida - embora não se possa esperar outra coisa de uma cidade do semi-árido. Mas falo árida no sentido de que não existiam espaços urbanos agradáveis de se olhar e, talvez, permanecer por um certo tempo. Chego até a pensar que vai dar pra sossegar um pouco por aqui, isto é, se o ambiente de trabalho tiver melhorado junto com o ambiente urbano.
Porém, apesar de tudo, hoje tive ondas constantes de melancolia. Sei perfeitamente a que isso se deve - a mudança, ao fato de ficar novamente absolutamente sozinha e ter de cuidar de mim sem cooperação alheia. Isso gera insegurança.
Mas, aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos. A directv foi instalada [aqui só pega Tv se for com parabólica] e a instalação elétrica foi reparada. A casa até está ficando aconchegante. Encontrei meus cds de meditação, que estavam perdidos em meios as inúmeras caixas a serem desempacotadas. Eles me ajudam a relaxar e tocar o barco pra frente.
Ainda assim, tenho saudades de casa - mãe, cadelas, amigos etc. [não necessariamente nessa ordem, gente, varia dia-a-dia hahahahaha]. Que seria de mim sem eles.
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