sábado, 23 de janeiro de 2010

Coleções

Tem umas coisas que a gente coleciona ao longo dos anos. Eu particularmente junto muitas coisas desnecessárias, que quando embaladas não se dá por falta delas... é aí que vemos o quanto são inúteis. No entanto, é penoso desfazer-se delas, mesmo assim repassamos para alguém que goste ou precise, pois assim elas terão um destino mais nobre do que o que teriam em nossas mãos.

Às vezes, nossa vida pode ser um brechó - gosto da idéia, mesmo que esteja meio em desuso nos dias de hoje. Quando fazia universidade, eu e algumas colegas organizávamos brechós. Levávamos roupas, sapatos, bolsas, objetos de uso pessoal e vendíamos a preços módicos umas para as outras. Era um pretexto para nos reunirmos e comer salgadinho com refrigerante ou cerveja e colocar as fofocas em dia. Hoje, as pessoas não querem coisas usadas, mas quando as compram novas nem sempre as usam. Por isso a reciclagem é algo para poucas pessoas de imaginação. O reuso das coisas exige criatividade, ver em um objeto outra coisa.

Quando adolescente eu observava meu pai juntar muitas coisas na rua... pregos, porcas, parafusos, pedaços de arame, pedaços de cano e assim por diante. Juntava até embalagens de balas, chocolates e outros papéis brilhosos e cacos de vidros coloridos, e disso, me fez um caleidoscópio que eu adorava. Eu perguntava, por que o senhor junta tanto lixo? Ele dizia:  - Um dia posso precisar. E realmente, quando ele queria fazer um conserto sempre tinha uma pecinha que servia. Eu herdei muito disso nele, exceto catar as coisas no meio da rua :).

Mas gosto de saber consertar, reaproveitar, dar novos usos, remodelar. Pena que, por força da profissão, não tenha tempo para isso. Acho que poderia facilmente viver de artesanato. Mas só se fosse em um lugar como Penedo/RJ ou Visconde de Mauá, lugar de refúgio dos bichos-grilos dos anos 1960 e 1970, quando ainda existiam os hippies. Lá porém, o artesanato não é grosseiro, é arte. Mas gostaria de morar em um lugar como esse, ou o sul de Minas Gerais. Terras simples e criativas, cujos artesãos orgulham-se de fazer bem feito e bonito aos olhos, gostoso ao paladar.

Bem, mas falo tudo isso para colocar neste blog uma pequena coleção de trechos de poesias, poesias completas, máximas e frases - coleção - que gosto e que acumulei durante os anos. Nos momentos em que as recolhi tinha um profundo significado para mim e que gostaria de compartilhar com meus - poucos - leitores.

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sábado, 23 de janeiro de 2010

Coleções

Tem umas coisas que a gente coleciona ao longo dos anos. Eu particularmente junto muitas coisas desnecessárias, que quando embaladas não se dá por falta delas... é aí que vemos o quanto são inúteis. No entanto, é penoso desfazer-se delas, mesmo assim repassamos para alguém que goste ou precise, pois assim elas terão um destino mais nobre do que o que teriam em nossas mãos.

Às vezes, nossa vida pode ser um brechó - gosto da idéia, mesmo que esteja meio em desuso nos dias de hoje. Quando fazia universidade, eu e algumas colegas organizávamos brechós. Levávamos roupas, sapatos, bolsas, objetos de uso pessoal e vendíamos a preços módicos umas para as outras. Era um pretexto para nos reunirmos e comer salgadinho com refrigerante ou cerveja e colocar as fofocas em dia. Hoje, as pessoas não querem coisas usadas, mas quando as compram novas nem sempre as usam. Por isso a reciclagem é algo para poucas pessoas de imaginação. O reuso das coisas exige criatividade, ver em um objeto outra coisa.

Quando adolescente eu observava meu pai juntar muitas coisas na rua... pregos, porcas, parafusos, pedaços de arame, pedaços de cano e assim por diante. Juntava até embalagens de balas, chocolates e outros papéis brilhosos e cacos de vidros coloridos, e disso, me fez um caleidoscópio que eu adorava. Eu perguntava, por que o senhor junta tanto lixo? Ele dizia:  - Um dia posso precisar. E realmente, quando ele queria fazer um conserto sempre tinha uma pecinha que servia. Eu herdei muito disso nele, exceto catar as coisas no meio da rua :).

Mas gosto de saber consertar, reaproveitar, dar novos usos, remodelar. Pena que, por força da profissão, não tenha tempo para isso. Acho que poderia facilmente viver de artesanato. Mas só se fosse em um lugar como Penedo/RJ ou Visconde de Mauá, lugar de refúgio dos bichos-grilos dos anos 1960 e 1970, quando ainda existiam os hippies. Lá porém, o artesanato não é grosseiro, é arte. Mas gostaria de morar em um lugar como esse, ou o sul de Minas Gerais. Terras simples e criativas, cujos artesãos orgulham-se de fazer bem feito e bonito aos olhos, gostoso ao paladar.

Bem, mas falo tudo isso para colocar neste blog uma pequena coleção de trechos de poesias, poesias completas, máximas e frases - coleção - que gosto e que acumulei durante os anos. Nos momentos em que as recolhi tinha um profundo significado para mim e que gostaria de compartilhar com meus - poucos - leitores.

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