sábado, 23 de janeiro de 2010

"Nós acabamos de elegar um papa feminino." —Cardinal Alessandro Bichi, 1644






"Nós acabamos de elegar um papa feminino."
—Cardinal Alessandro Bichi, 1644


Hoje a Igreja Católica Romana afirma firmemente que as mulheres devem ser excluídas das posições de liderança da igreja, mas eles esquecem de dizer que por uma década do século XVII, uma mulher dirigiu, não oficialmente, mas de forma aberta, o Vaticano. Agora, Eleanor Herman expõe um dos maiores segredos da Igreja Católica, mostrando fatos que foram ocultados por 350 anos.


De 1644 até 1655, Olimpia Maidalchini, cunhada e amante do Papa Inocêncio X, dirigiu os negócios do Vaticano, nomeou cardeais, negociou com embaixadores estrangeiros, e amealhou para si uma parte do tesouro do estado papal. Diferentemente do Papa João do séc. XIX, cuja vida está envolta em mistério, a história de Olimpia está documentada em milhares de cartas, notícias e despachos diplomáticos.


Sabendo da dependência quase absoluta do Papa Inocêncio em relação a sua cunhada, o Cardeal Alessandro Bichi declarou raivosamente no dia da eleição de Inocêncio, "Nós acabamos de eleger um papa feminino." Os romanos penduraram faixas nas igrejas chamando-a de Papa Olimpia I. O cardeal Sforza Pallavicino deplorou a "poder monstruoso de uma mulher no Vaticano." Um contemporâneo escreveu que as mulheres que as mulheres deveriam também se tornar padres, uma vez que uma delas já foi papa.


Nascida em circunstâncias modestas, Olimpia quase foi forçada a entrar em um convento com a idade de 15 anos devido à falta de dote. Ela usou da esperteza para escapar, e jurou nunca ser pobre e indefesa novamente. Durante sua vida, Olimpia vingou-se de qualquer um que tentou aprisiona-la ou retirar seu poder. Mas sua vingança em relação ao papa que a amou ficou reservada para depois de sua morte...


No séc. XVII, Roma era o orgulho do mundo na arte mais gloriosa e no espetáculo, mas também sofria com a fome, enchentes, devastação de florestas e peste bubônica. O mundo de Olimpia era cleptocrático; todos, desde o servo mais baixo até o parente mais nobre do papa roubava desavergonhadamente tanto quanto possível. O nepotismo era declarado e os papas gastavam grandes somas e bens para seus sobrinhos ao invés de ajudar os pobres. Os pontífices mortos eram deixados nus no chão do Vaticano porque seus servos roubavam a cama e pilhavam o corpo. A Senhora do Vaticano traz para a vida não apenas a mulher e a igreja, mas toda uma civilização em toda a sua grandeza... e em toda a sua ignomínia.

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sábado, 23 de janeiro de 2010

"Nós acabamos de elegar um papa feminino." —Cardinal Alessandro Bichi, 1644






"Nós acabamos de elegar um papa feminino."
—Cardinal Alessandro Bichi, 1644


Hoje a Igreja Católica Romana afirma firmemente que as mulheres devem ser excluídas das posições de liderança da igreja, mas eles esquecem de dizer que por uma década do século XVII, uma mulher dirigiu, não oficialmente, mas de forma aberta, o Vaticano. Agora, Eleanor Herman expõe um dos maiores segredos da Igreja Católica, mostrando fatos que foram ocultados por 350 anos.


De 1644 até 1655, Olimpia Maidalchini, cunhada e amante do Papa Inocêncio X, dirigiu os negócios do Vaticano, nomeou cardeais, negociou com embaixadores estrangeiros, e amealhou para si uma parte do tesouro do estado papal. Diferentemente do Papa João do séc. XIX, cuja vida está envolta em mistério, a história de Olimpia está documentada em milhares de cartas, notícias e despachos diplomáticos.


Sabendo da dependência quase absoluta do Papa Inocêncio em relação a sua cunhada, o Cardeal Alessandro Bichi declarou raivosamente no dia da eleição de Inocêncio, "Nós acabamos de eleger um papa feminino." Os romanos penduraram faixas nas igrejas chamando-a de Papa Olimpia I. O cardeal Sforza Pallavicino deplorou a "poder monstruoso de uma mulher no Vaticano." Um contemporâneo escreveu que as mulheres que as mulheres deveriam também se tornar padres, uma vez que uma delas já foi papa.


Nascida em circunstâncias modestas, Olimpia quase foi forçada a entrar em um convento com a idade de 15 anos devido à falta de dote. Ela usou da esperteza para escapar, e jurou nunca ser pobre e indefesa novamente. Durante sua vida, Olimpia vingou-se de qualquer um que tentou aprisiona-la ou retirar seu poder. Mas sua vingança em relação ao papa que a amou ficou reservada para depois de sua morte...


No séc. XVII, Roma era o orgulho do mundo na arte mais gloriosa e no espetáculo, mas também sofria com a fome, enchentes, devastação de florestas e peste bubônica. O mundo de Olimpia era cleptocrático; todos, desde o servo mais baixo até o parente mais nobre do papa roubava desavergonhadamente tanto quanto possível. O nepotismo era declarado e os papas gastavam grandes somas e bens para seus sobrinhos ao invés de ajudar os pobres. Os pontífices mortos eram deixados nus no chão do Vaticano porque seus servos roubavam a cama e pilhavam o corpo. A Senhora do Vaticano traz para a vida não apenas a mulher e a igreja, mas toda uma civilização em toda a sua grandeza... e em toda a sua ignomínia.

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